terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Cartas manuscritas, quem as faz?

Há uns anos neste dia fazia cartas que me levavam horas a concebê-las e a passá-las ao papel. Hoje, sem que tenhas perdido qualquer importância para mim (antes pelo contrário), venho aqui desejar-te muitos parabéns e agradecer pelo facto de nos aturarmos e adorarmos fazê-lo!

Um beijo do tamanho do Mundo (se é que isso existe)! Estou cá e a minha presença é bem consciente e voluntária, mas já não faço aquelas lindas cartas manuscritas, nem vasos com cerejeiras plantadas... mas continuo a ser o mesmo e agora mais novo que TU!

PS: Tenho pena de não ter o hábito de escrever cartas de amor...

sábado, 15 de outubro de 2011

Auto ao Amor...

És e serás o eixo fundamental da minha vida. Aquela que estava naquele dia, com ternura, como que a cantar para mim. Já são muitas (ou quase totais) as nossas cumplicidades, as nossas alegrias com momentos de riso... ou mesmo sem eles. Sei o que representas na minha vida e quão importante é o papel que nela representas, marca indelével, apaziguadora, sensível e... muito minha.

Foi contigo que passei os melhores momentos da minha vida, que saltei, ri e corri, que vi os teus olhos sorrirem e tu viste os meus penetrarem nos teus procurando aquele teu calor confortável. Carinho, paixão, loucura... Amor! Na realidade, tudo aquilo que prometemos mutuamente naquele dia.

Hoje sabes melhor do que nunca quem eu sou, amanhã... bem amanhã espero que seja mais um desafio nesta nossa partilha. Muito obrigado por toda a compreensão, por tudo!





quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Um abraço sentido!

Tenho dois grandes amigos meus (que, por acaso da natureza, são irmãos) que fazem anos hoje. Um grande abraço sentido de parabéns aos dois, gosto muito de vocês!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Numa parede da minha rua

Lonely Pipe anda com muito pouca motivação para escrever. A escrever assim qualquer dia pareço o C. Ronaldo a falar...

De facto, não tenho sentido o apelo da escrita, mas pode ser que os tempos mudem e venham ventos Sul (os meus preferidos) e estes tragam alguma vontade de escrever o que me perpassa a alma e vai directo ao coração daqueles que ainda têm alguma paciência, que me faz manter este blog público.

Once upon a time... alguém escreveu numa parede branca "Gosto de ti" e uns dias mais tarde viu que aquela parede estava rabiscada com outras palavras, frases sem sentido e desenhos que, por mais belos que fossem, perdiam todos ali o seu vago sentido. Passados uns dias, esse alguém foi buscar duas latas de tinta e dois pincéis. Começou, então, por pintar de branco todas as outras palavras desgarradas que tinham sido pinchadas na parede e depois pegou no outro pincel e, numa tinta bem cheirosa, voltou a pintar o "Gosto de ti". que ficou duma tal forma sublime que mais ninguém ousou pintar aquela parede... que se tornou imaculada.

Agora aquela é uma parede que o alguém teve de começar a passar por ela todos os dias, não para ver se alguém a havia rabiscado, mas porque queria garantir que o "Gosto de ti" não seria apagado ou adulterado.

 Gosto de ti!

sábado, 30 de abril de 2011

Insha'Allah não volte a suceder!

Sempre esteve no meu imaginário mesmo antes de lá ter estado quando li o Sul onde o MST contava o imenso prazer que tinha em ler num qualquer café daquela Praça aquele que é o jornal com o título mais bonito do mundo - na realidade Le Matin du Sahara tem uma conotação de enlace com aquele lado do mundo que nos toca só de nele pensar...

Obviamente que depois de lá ter estado naquela cidade esta começou a ter, para mim, um sentido ainda mais "sentido", ainda mais especial.

A Jemaa el Fna é um lugar onde se cruzam as mais diversas energias, cores, sons ritmados, línguas e personagens que podemos apreciar de forma extasiada. A tudo isto acresce que a praça é o coração de uma das mais belas cidades, rodeada pelos imensos montes do Atlas com o seu topo carregado de branco, os seus souks, os chamamentos à hora da reza na Medina e villas onde brotam bungavílias com fontes onde jorra água fresca e nos proporcionam a desejada sombra que pede o ar abafado daquelas paragens. Não ºosso deixar de recordar também o frenesim inquieto do trânsito onde carros, motas e carroças se cruzam sem interromper a sua marcha, sem desvio dos seus destinos.

A cidade toca muitos dos turistas e principalmente viajantes que por lá passam e se cruzam com caras marcadas pelo Sol, cheias de rugas de felicidade e olhares que perscrutam qualquer ocidental que atravessa aquele lugar de fantasia.

Nas duas vezes que lá estive com um grupo de amigos aventureiros depois de atravessarmos Marrocos de lés a lés, senti o CTM - o hotel em que pernoitámos em Marraquexe - como um porto de abrigo
 em que podia observar durante noite e dia aquela praça fantástica ali mesmo a meus pés, que merecia todos os segundos que lá passei. Foi também aqui que percebi que por muito que goste do Norte, o Sul tem para mim uma magia com a qual mais me identifico e me faz sentir muitas vezes um vrai nomad, em que o Sagitário se evidencia.

Por tudo isto e porque são condenáveis as acções terroristas não posso deixar de lamentar as vítimas e condenar os terríveis atentados que sucederam no dia de ontem em Marraquexe naquele que é um local de culto, de comércio no verdadeiro sentido da troca que aquela possui de negociação entre oferta e procura, onde a luz nos proporciona cores quentes e torna o olhar mais fundo e sincero.

No café, que vi nas imagens da televisão completamente destruído, passei bons momentos de conversa a beber belos chás de menta e a fumar o kiff da zona. Um dia voltarei... obviamente, em Paz!
Insha'Allah!



 

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Eça in itinere

É sempre bom ler um livro do Eça!

Um livro de bolso de contos deste Homem que fez tremer a sua época com tantas histórias romanescas encharcadas de contornos políticos e fait divers da vida mundana tem acompanhado as minhas deslocações para o trabalho enquanto combato o sono matinal que me acompanha no autocarro.
E gosto deste formato de histórias mais curtas que encerram episódios de vidas através de alguma sátira e também um certo deboche de atitudes, sejam elas boas ou más, risíveis ou medonhas mas que nos levam a pensar que, por melhores que sejam as nossas intenções, estas poderão gerar opções nem sempre boas, de intepretação duvidosa dos seres dos outros.

Este Eça de distinto bigode, dividia o seu tempo entre o jornalismo e a advocacia, entre Lisboa, Porto, Coimbra, Havana, Newcastle e Bristol em tempos que corriam mais devagar, quando as deslocações serviam também para nos fazer reflectir em nós, nos outros, no trabalho e no ócio. Uma virtude daqueles que conseguem estar para além do seu tempo e que nos carregam de emoções...

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sangue novo!

Cheguei a pensar (deriva do facto de acreditar de maneira absurda na resiliência da Humanidade) que iríamos ter agora outra perspectiva de vida, outra forma de estar mais condizente com a actual situação do país mas constato que tudo continua exactamente na mesma... até o Pinto de Sousa já se encontra na liderança das sondagens... valhos-nos (aos mais descrentes) o Sol deste país que nos permite continuar a encarar as coisas com algum espírito positivo.

As férias da Páscoa continuam a ser neste país "verdadeiramente católico" mais uma época em que a malta vai para banhos (ainda que estes sejam de chuva), independentemente de haver uns tipos que assentaram arraiais no Terreiro do Paço a espiolhar as contas do Tesouro para, ainda que legitimamente, nos lançarem restrições que mais cedo do que se espera terão um sério impacto na vida do comum dos mortais, fulano este - o comum dos mortais - que fica danado que lhe vão ao ordenado ou ao subsídio mas que pouco ou nada contribui para que o status quo se altere.

Efectivamente, hoje é dada tolerância de ponto à função pública para que se comece a gozar estes arrebatadores dias de época Pascal bem cedinho, de forma a que esta quinta feira que antecede uma tão desejaada sexta feira santa sirva para que se consiga alcançar a terrinha ou, com muito mais estilo, uns dias de descanso no Algarve a atropelar tudo e todos, enchendo as estradas de pouca paciência em prol do "tão merecido" descanso.

Tudo muda (é um dado permanente e imutável), nada se altera (em Portugal, vai sendo comum nos dias de hoje). Hoje, como amanhã, penso em construir. Construir algo que permita alicerçar o futuro com uma perspectiva diferente.

A propósito, não posso deixar de mencionar que estou deveras contente por estar quase a ser tio novamente. Venham os putos, como ideias novas, pois ainda que o futuro por estas bandas não se desenhe brilhante e risonho, é com eles que algo poderá mudar!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Vontade

Por incrível que pareça a vontade de escrever voltou e é neste momemto diametralmente oposta à vontade que tenho de trabalhar... estou a brincar até por que "eles andem aí"!
Um vento soprou e bafejou novamente a vontade de escrever umas palermices... novos ventos, novos desejos me levam a retornar a esta rota de prazer que é escrever umas coisitas...

Sei que m consideram um abusador, um aproveitador da boa vontade dos outros, mas o que escrevo não depende da boa vontade de ninguém nem mesmo da minha, embora se possa falar de um acto egoísta, de estrito prazer pessoal.

Deixo-vos aqui com um dos Grandes Mestres que abalou demasiado cedo:
http://www.youtube.com/watch?v=nGqPzrNypzw

Bold as Love é daquelas músicas que me marcou definitivamente... até me arrepia!

Homenagem à Amizade


Braz de seu nome, que trouxe ao Mundo a sua inspiração, que nos brindou com tantos momentos de Glória e Paixão, que arrebatou corações, que não poupou a tinta da sua pena a escrever poesia da mais bela e graciosa.

Braz luso, de palito ao canto da boca, na essência do seu ser, que visou e alcançou o Amor, as suas Deusas e a sua Música, que escreveu as notas que nunca se tornarão mudas - todos os seus seguidores sabem do que falo.

Nunca neste registo a sua alma foi lembrada, mas nunca por esquecimento, nunca por vazio na lembrança ou no coração, a sua recordação impera no meu ser, na minha forma de viver e de me dar com os outros.

Lembro os passeios na Meia Praia, as bebedeiras e a partilha constante que houve entre nós, tudo do bom e do melhor, tudo, mesmo tudo tinha uma forma especial de acontecer, em qualquer hora, dia e local.

As t-shirts que comprávamos na 67, as Doc Martens que percorreram a nossa adolescência, tão sã, pura e sincera como sempre foi a nossa amizade... até hoje, até amanhã, até sempre...

Tu marcas para sempre a minha vida, a minha presença neste lugar agreste em que me movo, sem que no entanto tivesse tido a oportunidade de te dizer um obrigado, és irmão, orgulho e amor! Poderia estar aqui a citar as inúmeras coisas que vivemos, lembrar a sinceridade do teu olhar e sentimentos e elogiar o Deus que para mim és na Música, na forma de estar e de te relacionar com os outros, mas tal vaidade da minha parte reservo-a de forma egoísta apenas para mim.

Aquele abraço (só a Ti) Irmão!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Get your moto runnin'

Quando dei por mim estava com o acelerador na mão direita e a embraiagem na esquerda e vi o instrutor virar-se para mim e para os outros e dizer: "Vamos então! Estão prontos?" Eu só precisava dessas palavras. Engatei a primeira e lá comecei descer a rua, quando dei por mim estava já a desfrutar de Lisboa de uma forma que nunca tinha tido oportunidade de o fazer... a sensação de deslocação com a maior liberdade deste mundo faz-nos esquecer quase tudo naqueles momentos em que a concentração se multiplica, em que nos cindimos com a máquina. O dia àquela hora estava bonito e posso dizer que adorei, primeira, segunda, terceira, brummm, tudo na maior das calmas, alguns nervos iniciais desaparecem quando a "bicha" está a rolar. Não que fosse uma grande máquina, deveria mesmo de ser das mais básicas, mas aquela 125 naquele momento encheu-me verdadeiramente as medidas.

Quando cheguei ao Parque das Nações era um puto que tinha experimentado um brinquedo novo. Tratei logo de pegar no telefone e ligar à Gordinha: "Môr estou extâse! Vim a bombar até à Expo!"

Acho que este dia é memorável. Mais uma etapa em que os receios ficam para trás, em que a adrenalina nos sobe à cabeça...mesmo a 40 km/hora!
Já no regresso pus-me a pensar que o D. adoraria ver o pai a andar de mota e por outro lado pensei que pode ser um exemplo perigoso para ele, mas ele saberá que o pai por mais chanfrado que seja gosta é da sensação de liberdade que consegue em cima de duas rodas algo completamente diferente do que se sente a conduzir um automóvel.

domingo, 23 de janeiro de 2011

O puto faz 3 anos hoje!

Parece que foi há dias...

Depois de oito meses vividos intensamente e já na maternidade teve o primeiro encontro com ele.
Aquele ser indefeso que no início ainda teve de ir para a incubadora uns dias, era a coisa mais bela e mais perfeita que já alguma vez tinha feito!

Parecendo que não muitas coisas já vivemos. Somos Amigos de uma forma muito próxima, embora tenha sempre de cumprir o papel por vezes mais austero que cabe aos pais enquanti educadores duma criança que quer é fazer o que lhe vai na real gana.

Amo o meu filho, sei que este Amor continuará a crescer diariamente e que me poderei orgulhar dele!

Quero desejar-lhe Muitos Parabéns e tudo, mas mesmo TUDO o que haja de bom nesta vida!
Long and good life for you my sweet!
Gosto mesmo deste puto!

Público ou privado?

Antes de mais, não posso deixa de apresentar as minhas desculpas aos meus leitores pelo período já vasto em que o LP foi encerrado, situação que se deveu a motivos pessoais relacionados com o autor.

Pediram-me assim para que apagasse alguns posts deste blog uma vez que o conteúdo dos mesmos afecta uma pessoa que tendo ficado mais susceptível com as mesmas, a qual merece a minha mais profunda admiração e carinho.

Nessa altura, a dúvida instalou-se dentro de mim. Ainda que, de certo modo, perceba algumas críticas de que o LP foi alvo, uma das coisas que este menos gosta são as restrições à sua liberdade de expressão e de actuação, liberdade de dizer ao Mundo o que lhe vai na alma independentemente de quem possa afectar ou atingir. Aliás, fui criado num ambiente em que os ventos de Abril sempre foram muito aclamados e em que se torna muito complicado entender a razão porque nos dias de hoje não se pode dizer isto ou aquilo, porque alguém deve de ficar calado, quer seja para expressar o seu repúdio a uma orientação política, por um gosto musical, para afirmar que se sente de certa forma enternecido com algo que não é do agrado de outros.

Mas como dei a entender, consigo perceber que, de uma perspectiva geral, existe sempre a vontade de querer afastar tudo o que nos rodeia e que não é do nosso agrado....nomeadamente quando existe esse poder.

No entanto, tal não pode deixar de se qualificar do ponto de vista da liberdade de expressão como sendo opressivo, limitativo dos nossos sentimentos e pertubador daquilo que é o mais puro, uma vez que (quase) tudo o que aqui se escreve bebe muito da vida do autor. Atenção que como podem ver escrevi "quase" tudo. Certamente, LP também gosta dos seus devaneios...

Escrevo esta mensagem enquanto decido se devo ou não voltar a tornar o LP público, uma vez que neste preciso momento o acesso está restringido a todos aqueles que a ele queiram aceder. Imagino que leitores não sejam muitos ou mesmo quase nenhuns, mas de qualquer forma os poucos que sejam  merecem como é óbvio a minha maior consideração. O que é verdade é que há palavras que doem  mais do que paus e pedras, mas também porquê contornar a verdade quando até sabemos que ela é pura e verdadeira?

Obviamente que no decurso deste post se pode entender que a vontade de LP é a de tornar este blog novamente acessível aos poucos que o queiram ler e para quem esconder o blog é o mmesmo que ocultar com pedras algo que se sabe ter existido.

Comecei a escrever este post há mais de um mês... pensei... abandonei e deixei de pensar... até que pensei  que não poderia passar de hoje vou voltar a dara vida ao LP.

Long life LP... no entanto, à hora que escrevo sinto-me sem inspiração e cansado. Espero no futuro estar com mais ânimo.