sábado, 27 de novembro de 2010

O Lonely Pipe mudou de imagem

O blog mudou de imagem - está com cores mais vivas, que permitem uma leitura mais fácil e que espero consiga ajudar também o autor a tornar os seus textos mais fluídos.

Uma imagem constrói-se e as suas alterações podem ajudar também a repensar novos modelos e formas de estar. O sentido de mudança existe, sempre para melhor.

Na senda do que foi aqui escrito há dias, assume o autor que ela é a maior constante da vida, uma eterna permanência no espírito.

Uma geribéria para o Mundo

Uma geribéria amarela oferecida a este Mundo poderia despertar muita gente. Parece que bastaria apenas uma. Um molho delas distrairia o destinatário não permitindo a atenção naquela que é a verdadeiramente especial.

Tudo perde um pouco o seu sentido, relativiza-se...

O propósito da escrita acaba, também ele, por perder alguma lucidez que pudesse conter, tornando-se algo ininteligível! As palavras escasseiam e perdem o seu interesse atendendo ao conteúdo que o seu conjunto gera.

No cimo de uma montanha, por debaixo de uma mesa de jantar num restaurante, atrás de um vidro fosco consigo persentir a tua presença e o teu olhar penetrante, o resto são balelas...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O que é a felicidade?

O que é a felicidade?
Hoje posso dizer que estou lixado da vida... muito lixado!



segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mudança

Mudança há quem diga que é a única constante da vida, há quem prefira ver as coisas de outra forma significando nestes casos uma grande maçada. Os dicionários dizem que é uma alteração, uma modificação. Para a mecânica é uma alteração da velocidade de um motor.

Acredito piamente no primeiro dos significados. Aliás, da experiência de vida que tenho outra coisa seria impossível concluir. E, ainda para mais, gosto de mudança. Não gosto de fazer todos os dias a mesma coisa, por isso gosto da profissão que tenho. Sinto também que cada mudança que faço me faz rejuvesnescer e ver uma nova perspectiva não menos agradável da que tinha antes.
Talvez tenha sorte, talvez seja um optimista inveterado. Mas, como toda a gente, tenho dias de merda, então prefiro mudar. Os tempos mudam, as coisas mudam, as pessoas mudam, o Mundo muda.

O António cantava "Muda de vida, se não te sentes satisfeito". Não creio que tenha que ver com a satisfação pois mudar é da natureza do Homem, mudar sabe bem, excepto se for para pior.
Para pior mais vale não mudar, mas há coisas inevitáveis... excepto a mudança.




sábado, 20 de novembro de 2010

Alter ego

Um novo eu nasce quando um alter ego é criado. Alter ego (do latim alter = outro egus = eu) segundo a Wikipedia «pode ser entendido literalmente como outro eu, outra personalidade de uma mesma pessoa. O termo é comumente utilizado em análises literárias para indicar uma identidade secreta de algum personagem ou para identificar um personagem como sendo a expressão da personalidade do próprio autor de forma geralmente não declarada.


Para a psicologia, o alter ego é um outro eu inconsciente.
Num outro sentido, o alter ego de uma pessoa não é uma faceta escondida ou secreta da sua personalidade, mas sim alguém de muito íntimo, um amigo fiel e inseparável em que essa pessoa se revê e deposita absoluta confiança. O alter ego é, neste caso, um perfeito substituto em que a pessoa pode delegar a sua representação ou outra função importante, na certeza de que ele pensará e agirá como ela pensaria ou agiria, isto é, como se fosse ela própria. É frequente, na vida política, um dirigente ou governante ter um alter ego como colaborador destacado, alguém habilitado a assumir fielmente as suas funções.»

Será mesmo isto tudo? Pode ser, mas não posso responder com certezas pois ainda não conheci o meu.
Poderá ser apenas um ou vários? Será que, tomando em consideração o ponto de vista da psicologia todos temos, pelo menos, um.

A essência do ser vai muito para além do que é a sua imagem... Alter ego.

Pensando em ti junto ao cais

São muitas as vezes e as situações em que me apetece vir até aqui registar uma ideia ou um sentimento que me vai na alma e que por uma razão por vezes desconhecida não divulgo, retraindo-me a um segredo que é só meu.

No outro dia, passeando na rua de nenhures vi que olhavas para mim. Passei sem olhar como faço habitualmente, sem reconhecer o teu rosto ou madeixa de cabelo. Os dias passam...

Sei que olhas por mim qual anjo da guarda, às vezes volto àquela rua de nenhures e tu nem sempre estás lá, mas a verdade é que me sinto agora mais atento. Uma forma de saber que estou atento é também demonstrar uma desatenção vaga ao que me rodeia, olhar de forma penetrante no horizonte e não o descrever, porque o melhor fica cá dentro, mesmo no fundinho.

Hoje tenho pensado bastante em ti... estou numa vaga introspectiva, mas desassossegada, qual naufrago a pensar numa ilha como se o acesso à mesma distasse de apenas duas braçadas. E, no fundo, ele está no meio do mar sem ilha, sem rádio e sem forças.

Mais um dia. Mais uma hora. Mais um aperto no coração.
O que vale é que escrevo apenas palavras soltas que traduzem algo para mim inesperado.

Sei que conseguiria escrever uma obra de muitas páginas que só para mim faça sentido. Sei também que o que afirmei na frase anterior não é verdade, pois o leitor identificar-se-á sempre a si ainda que em pequenas coisas, num mero parágrafo de palavras soltas ou num mero casal de palavras.

Poderei estar aqui e ali ao lado. Poderei ser eu aqui e ali. Poderás ser tu a partilhar este texto comigo aqui e noutro sítio ermo sem o mesmo conforto, sem uma flor para te dar, e só um beijo te poderei conceder.

Solta-me este aperto no coração, preciso de beber da tua água, saborear os teus lábios e fazer-te uma carícia no cabelo a olhar-te profundamente. Quase que dou saltos, mas também me sinto quase desligado do resto como que sentado no cais a ver passar um cargueiro azul em direcção ao mar.

Vou...