quinta-feira, 15 de julho de 2010

Há certas alturas do dia em que, por mais simples que seja a frase ou ideia, não consigo passar o que quer que seja para o papel. As frases saem trôpegas, carregadas de dificuldade. O espírito cansa-se. Pede-se uma luz ou apalpa-se a parede do quarto escuro em busca de um interruptor que não está lá. Uma vez mais não está lá. Vi-te da janela do quarto a passear na praia. Estavas linda! Vi-te a lavar a roupa uma camisa no tanque. Estavas linda! Vi-te no meio de um campo de girassóis, no meio de um silo de betume, numa praia suja com garrafas de vidro e caixas de plástico, no meio da rua principal daquela cidade. Sempre linda! Na tua simplicidade, amarga e tão bem doce. Estamos a pouco tempo de fazer crescer mais um dia, de dar luz a mais uma côr e, apesar disso, continuas linda! Para TI!

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